domingo, junho 01, 2008

Sangrando


Sob o olhar,

melancólico do luar.


Ouço o barulho

estridente de chicotes,

açoitando corpos e almas

de homens sem vozes.



Sangro em minguados versos,

atormentados, desnorteados

e corroídos pela amargura.



Silenciosamente busco palavras

que rimem e queimem

as angústias desse passado,

sombrio.



Meus dedos trêmulos,

buscam palavras

que fogem.



E como no passado,

o poema sangra e

chora calado.



Sandra Almeida

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